1. A instrumentalidade: Através do aprendizado das varias rítmicas da capoeira, o praticante desenvolve ao mesmo tempo: coordenação motora; percepção; improviso; compasso, multiplicidade polifônica; arranjo e conhecimento sócio-histórico-cultural.

2. A corporalidade: O desenvolvimento corporal e a superação de limites físicos e potencial corporal, o praticante amplia o conhecimento de si como pessoa humana, além de desenvolver habilidades como repetição, agilidade, resposta, controle emocional corporal, consciência de si, consciência do outro, lateralidade, equilíbrio, noções básicas como frente e atrás, em cima e embaixo, altura e profundidade, resistência física, gasto de energia, perda de peso e o aprendizado coletivo.

3. O canto: nesta fase o praticante aprende ritmicamente a responder coro, coral, e a cantar junto e no tempo musical, em seguida aprende a cantar sozinho, desenvolvendo assim sua percepção espacial musical, cantando musicas conhecidas ou até criando novas musicas e ritmos dentro do universo da capoeira e das manifestações que a compõem. Aprende e a ampliar sua geografia musical espacial.

4. A luta: Assim como em qualquer esporte de contato, o praticante de capoeira aprende a construir-se de forma individual e coletiva seja psíquica, motora, afetiva e corporalmente. E o faz através do jogo, do desafio e do exercício de perder ou ganhar. Aprendendo assim a lidar com momentos difíceis de sua vida particular.

Esses eixos se ampliam ao infinito de acordo com cada tipo de pessoa e da forma que se relaciona com a Capoeira, seus ganhos também são infinitos, se pensarmos que a Capoeira em sua essência pretende construir uma realidade inclusiva, mais justa e igualitária, onde todos possam viver e contribuir de acordo com suas capacidades.
Contramestre Rafael Teodoro